A principal característica do EPS que o faz adequado para o uso em aterros e estabilização de encostas, é seu baixo peso aliado à boa resistência mecânica, sobretudo à compressão, além de proporcionar execução fácil e rápida. O EPS pode ser até cem vezes mais leve que outros materiais tradicionalmente utilizado para tal fim. Por isso é especialmente adequado quando utilizado sobre solos inconsistentes, minimizando as possibilidades de recalques.
A densidade do EPS recomendada é de no mínimo 19kg/m³, porém a densidade a ser utilizada será sempre determinada pelo projeto executado por calculista e de responsabilidade deste.
O EPS tem bom comportamento ao envelhecimento, apresentando, em alguns casos, uma melhora em sua resistência a compressão.
O projeto deve definir as dimensões dos blocos e sua modulação. É importante levar em conta o melhor aproveitamento, a possibilidade de carregamento e deslocamento na obra, as possibilidades de transporte e as dimensões máximas de sua produção. São bastante utilizadas dimensões máximas de sua produção. As dimensões mais utilizadas são 4080x1250x600mm.
Sendo o poliestireno expandido sensível a algumas agressões químicas ou mecânicas, é recomendado:
– a dissolução de hidrocarbonetos: é evitada utilizando-se de filme protetor de polietileno e laje de concreto armado de espessura de 10cm que contribui no suporte de cargas;
– utilização de proteção lateral: em terra argilosa pouso permeável e com uso de vegetação;
– a cobertura de concreto e terra: torna impossível que o EPS pegue fogo. Em caso de risco (material exposto), é necessário utilizar material da classe F (auto-extinguivel). No canteiro de obras é proibida a presença de fogo e de fumantes;
– a incidência prolongada de raios U.V. (ultra violeta) atacam o poliestireno expandido: é preciso evitar estocá-lo por tempo prolongado à luz solar. Depois de protegido não há risco de danos;
– em caso de estocagem por longo período: prever proteção ao vento;
– o EPS não é comestível: Não há registro de ataques de roedores. É conveniente tratamento prévio contra cupins caso o local seja suscetível a estes;
– o EPS resiste a agressões biológicas (bactérias, enzimas);
– a absorção de água é de menos de 1% se imerso esporadicamente: o assentamento do EPS deve ser acima do lençol freático para evitar fenômenos de sub pressão;
– no canteiro de obras: pode ser recortado com serra;
– em geral, dois homens podem carregar um bloco;
– para a construção de aterros novos: o pré carregamento do solo não é dispensável para se atingir os recalques advindos da sobrecarga resultante ou variação do lençol freático;
– uma camada de areia seca estabilizada e compactada é necessária para assegurar a colocação da primeira camada de blocos, além de servir de filtro sob o aterro;
– o assentamento dos blocos é feito conforme modulação de projeto: deve-se evitar juntas ou vazios entre blocos de mais de 2cm;
– compactação: os aterros laterais e de cabeceira serão compactados utilzando-se de um compactador com vibrador. Essa compactação não pode danificar (amassar) os blocos, daí a impossibilidade de se utilizar um compactador com vibrador pesado para a primeira camada. Utilizar um cilindro vibrante de carga estática fraca, 5 a 8t, e de frequência de vibração elevada;
– estabilidade: em muitos canteiros de obra cola-se os blocos (utilizar cola apropriada). É possível a utilização de fixação mecânica, metálica, entre os blocos para previnir eventuais deslocamentos de blocos externos. Em geral somente os blocos da última camada e os laterais são fixados ou colados;
– é necessário o controle rígido da produção quanto às características volumétricas e de massa. Os blocos poderão ser identificados. Em alguns casos é feito controle tecnológico no canteiro.